segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Satelites de olho no fogo


Monitoramento de queimadas feito pelo Inpe passa a usar dados de 11 satélites, que geram centenas de imagens diárias. Informações atualizadas sete vezes ao dia dos focos de calor estão na internet
Agência FAPESP – O monitoramento de queimadas feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) passa a contar com dois novos reforços na detecção de focos de calor. São os satélites europeu MSG-02 (Meteosat Second Generation) e o norte-americano Goes-10. Esse último, controlado pela Administração Nacional do Oceano e Atmosfera (Noaa), havia sido utilizado anteriormente, mas foi deslocado recentemente para uma nova órbita, passando a oferecer melhor cobertura ao continente sul-americano.Para a função do Goes-10 em sua posição anterior foi lançado o Goes-12, do qual o Inpe também extrai dados para o monitoramento de queimadas. Segundo o instituto, a detecção sistemática de focos de calor, iniciada em 1987, é pioneira e a mais completa desenvolvida no mundo, fazendo uso de maior número de satélites – atualmente 11 – que geram centenas de imagens diárias na detecção de focos de queimada.
Dados atualizados sete vezes ao dia dos focos de calor são publicados em um site, junto com outros serviços, como um sistema de risco de fogo da vegetação, estimativas de concentração e dispersão de fumaça e um sistema geográfico de informações específico para as unidades de conservação do país.
O monitoramento auxilia o governo federal, em particular o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no acompanhamento de situações de risco de grandes incêndios florestais, como também os órgãos de Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros no combate às queimadas.

Entre os usuários regulares incluem-se ainda secretarias estaduais de meio ambiente, organizações não governamentais, usuários individuais, além dos países vizinhos que têm livre acesso a este sistema, desenvolvido em parceria pelos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia.

Segundo o Inpe, em relação ao ano passado, 2007 apresenta até agora cerca de 23% a mais de focos detectados. Nos dois últimos meses, o sistema de monitoramento indica quase 6,5 mil casos em unidades de conservação federais e estaduais e reservas indígenas. Entre os estados, o Mato Grosso lidera o ranking de números de focos de queimadas nos últimos anos.

A página de monitoramento de queimadas na internet também foi reformulada recentemente, ganhando nova apresentação. A visualização e navegação estão agora baseadas em um sistema de informação geográfica de fácil uso, com recursos bastante conhecidos pelos internautas, que ainda contam com a opção do Google Earth.

Mais informações: www.cptec.inpe.br/queimadas

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